Nos últimos anos a imprensa mundial repercutiu alguns males de grande impacto epidêmico que acometeram animais e levaram centenas de pessoas ao hospital ou à morte, como doença da vaca louca e gripe aviária.
Concluímos o artigo anterior informando que os animais confinados atualmente comem também ração de origem animal.
Não vamos questionar o valor nutritivo que essa alimentação contém. Nem dispomos de informações suficientes para questionarmos o seu controle sanitário. Mas, sabemos que vez por outra surgem doenças que afetam bovinos, suínos e aves, implicando em risco de morte para aqueles que ingerem suas carnes ou derivados contaminados.
Nos últimos anos a imprensa mundial repercutiu alguns males de grande impacto epidêmico que acometeram animais e levaram centenas de pessoas ao hospital ou à morte, como doença da vaca louca e gripe aviária.
A peste suína – também conhecida como febre suína ou cólera dos porcos – ainda afeta vários países. No Brasil, somente no final de maio deste ano a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), reconheceu que dois estados – Rio Grande do Sul e Santa Catarina – estão livres desse problema.
Mas, o País ainda não se livrou da febre aftosa que ataca os bovinos. A meta do governo é erradicar a doença em todo o território nacional em 2015, incorporando os estados de Roraima, Amapá e Amazonas, além de alguns países que fazem fronteira com o Brasil, à zona livre de febre aftosa com vacinação.
“Seremos o primeiro continente a erradicar a febre aftosa do rebanho, uma conquista importantíssima para a defesa sanitária da região”, exultou a ministra da agricultura, Kátia Abreu. Mas, ao exaltar a região, ela deixou claro que a doença continuará existindo no resto do mundo.
Infelizmente, a febre aftosa é apenas uma dentre as muitas doenças que atacam animais e aves que nos fornecem alimentos. Enfermidades como mastite, tristeza parasitária bovina, brucelose, tuberculose, leptospirose; pneumonia enzoótica, rinite atrófica; bronquite infecciosa, bouba aviária, dentre muitas outras já não causam grande repercussão na mídia, porém, não foram totalmente erradicadas. Algumas são controladas com uso intensivo de antibióticos.
Talvez você tenha se assustado com os inúmeros riscos provocados por tal quantidade de doenças. Queremos deixar claro, porém, que o objetivo desse artigo não é espalhar o terror, mas, apenas, levar os leitores à reflexão.
Afinal, temos consciência do que comemos? É disso realmente que precisamos?
Os alimentos que o corpo humano necessita serão o foco da abordagem do próximo artigo.