Quem já leu a composição de um complexo vitamínico, desses produzidos pela indústria de medicamentos, descobriu que além de vitaminas cada comprimido contém ferro, cobre, fósforo, manganês, cromo e zinco, dentre outros elementos minerais e químicos encontrados no ecossistema – tanto na terra quanto em plantas e nos oceanos.
Portanto, se as vitaminas, proteínas, sais e água exercem papel importante na conservação da saúde, para manter o organismo equilibrado e com elevado grau de imunidade uma pessoa precisa repor tudo o que lhe é intrínseco, porém, gasto em suas atividades cotidianas. Tanto é verdade que diante da deficiência de um desses componentes o corpo sinaliza, seja por manifestação imediata, como a sede, ou por meio de fadiga, dores, erupções na pele, cansaço…
Mas, o nosso objetivo no momento não é discutir a qualidade nem a eficácia dessas pílulas. Queremos apenas lembrar que o corpo humano é composto de uma multiplicidade de componentes orgânicos integrantes também do meio ambiente.
E que a própria natureza tratou de facilitar o acesso a todos os componentes, inclusive aos minérios. Diante da impossibilidade de serem deglutidos na forma bruta, eles estão presente em raízes, folhas, grãos. O ferro, por exemplo, se encontra na couve, no feijão, rúcula, trigo; o zinco está presente no caju, na abóbora, no espinafre…
Alguém pode questionar a razão pela qual o ser humano passou a ingerir carne, leite e ovos se na flora ele dispõe de tudo o que precisa. Esse é um ponto delicado e controverso. Sem enveredar em teorias complexas da história ou da antropologia, mas, fazendo apenas um exercício de reflexão, poderíamos dizer que a resposta é: pela facilidade, sabor e utilidade!
Em muitas regiões do nosso planeta, em um passado distante, a caça e a pesca estavam mais disponíveis que plantas e raízes, principalmente nos países de inverno rigoroso, que ficam cobertos de gelo por um longo período.
Também é indiscutível a boa impressão que a carne exerce sobre o sentido do gosto. E ganha novos atrativos de acordo com o preparo: cozida, assada, frita; salgada ou temperada, conquista bilhões de pessoas pelo paladar.
No quesito utilidade pode-se atribuir qualidades como fonte de energia e proteína, além do fato que, quando consumida quente, ser útil para aquecer o próprio corpo em dias frios.
Mas, como sabemos, todas as espécies animais são hospedeiras de bactérias, vírus e vermes de diversas espécies. Ao ingerir suas carnes, o homem está propenso a adquirir micro organismos que não fazem parte de sua essência, implicando em riscos para sua imunidade, além de está propenso a absorver as doenças características das espécies – algumas das quais foram citadas no artigo anterior.
Qual é, então, a solução?
Entraremos no assunto no próximo artigo.